REGIÃO DE MALANJE

REGIÃO DE MALANJE
CENTENÁRIO DO ESCUTISMO

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TOTENS DE PATRULHA/AINDA INCOMPLETA


A BOA ACÇÃO ESCUTISTA


A Boa Acção




O Centenário do Escutismo comemora-se cem anos após o Acampamento Experimental de 1907, mas, quanto ao início das ideias de Baden-Powell para a juventude, que terão estado na origem do Escutismo, torna-se mais difícil uma localização no tempo. O Cerco de Mafeking fez de B-P um herói nacional, conhecido além fronteiras e venerado no Império Britânico - tanto por adultos, como por jovens. Por essa altura, coexistiam em Inglaterra várias associações e clubes dedicadas à formação dos jovens, como a YMCA (Young Men's Christian Association) e a Boys’ Brigade. Um desses clubes escreveu a B-P, que se encontrava a braços com a formação da Polícia Sul Africana, pedindo-lhe que enviasse uma mensagem para os seus rapazes. B-P respondeu a 21 de Julho de 1901, a partir de Zuurfontein, no Transvaal (África do Sul), com uma mensagem alusiva a um dos aspectos que mais contribuiu para imortalizar a imagem do escuteiro: a Boa Acção!

ORIGEM DO APELIDO BADEM POWELL



A origem do apelido Baden-Powell



Todos conhecem o nome do nosso fundador: Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. Entre os Escuteiros, é mais conhecido simples e carinhosamente por B-P. Estas iniciais do seu apelido parecem ter sido feitas à medida para o lema que adoptou para o Escutismo: Be Prepared. Já quando criou e organizou a Polícia da África do Sul, em 1900, os seus homens adoptaram o mesmo lema, coincidente com as iniciais do seu comandante. No entanto, Baden-Powell não nasceu com este apelido, mas apenas Powell. Ou seja, nasceu Robert Stephenson Smyth Powell, na família Powell. O pai de B-P, um professor universitário de renome, falecido em 1860, chamava-se Baden Powell, sendo Baden o nome próprio e Powell o apelido. Alguns anos depois do seu falecimento, a mãe de B-P meteu na cabeça a ideia de mudar o apelido da família para Baden Powell, para homenagear o seu falecido marido e perpetuar o seu nome. O advogado da família tratou da legalização do duplo apelido e, a 21 de Setembro de 1869, através de uma notificação pública, todos os membros da família tomaram o apelido Baden Powell. No entanto, este apelido trazia alguns embaraços ao irmão mais novo de B-P, Baden, que agora se chamava Baden Baden Powell. O problema resolveu-se em pouco tempo, com a introdução de um hífen no meio do duplo apelido. A mãe de B-P demorou algum tempo para conseguir que os familiares e amigos se habituassem a usar o duplo apelido com hífen, mas a persistência valeu a pena, não escapando, contudo, a que a família se referisse a ela, na brincadeira, como a “senhora hífen”. Em breve, os colegas de escola do nosso fundador trataram de abreviar o seu apelido para B-P, assim como aconteceu com o resto do mundo.

ESCUTEIROS FAMOSOS


LISTA DE ESCUTEIROS FAMOSOS.
ESTA LISTA ESTÁ AINDA IMCOPLETA SENDO MAIS TARDE CONCLUIDA

RELATÓRIO DE UM HIKE

Relatório de um Hike



Tratemos agora de fixar as tuas descobertas. A tua película está impressionante... É preciso que seja revelada e fixada no álbum das recordações e dos conhecimentos.

Poderás explorá-las de diversas maneiras:

um relatório escrito de que faça parte a descrição do HYKE e ilustrado passo a passo com fotos, croquis, resumos do itinerário, esquemas topográficos, resultados do inquérito ou de reportagens e com resultados das descobertas;
uma apresentação escrita e ilustrada a reproduzir numa publicação, por exemplo, o jornal da Região;
uma exposição onde te esforçarás para utilizar as técnicas e apresentação do "painel";
uma montagem audio-visual;
uma narrativa dramática a apresentar num fogo de campo.
Se realizaste o teu inquérito numa aldeia ou numa fábrica, porque não voltar para mostrar a tua montagem ou o teu jornal de grupo

COMO FAZER UM INQUERITO ESCUTISTA

Inquérito



Pôr-te-á em contacto directo com os habitantes, quer eles sejam guardas florestais, lavradores, criadores de gado, comerciantes, membros da Junta de Freguesia, guardas...

Tudo pode ser objecto do teu inquérito, mas particularmente o que preocupa as populações:

êxodo rural,
turismo,
línguas e religiões
costumes locais,
protecção do meio ambiente: projectos de auto-estradas, barragens...
escola rural,
festas,
origem do nome do local, como por exemplo Conimbriga, Pé de Cão, etc.
história dos arredores.
Há sempre vantagem em preparar o teu inquérito com uma visita prévia à Biblioteca, ao Turismo, à Junta de Freguesia ou a uma agência de viagens.

No local, guardas e cantoneiros, pessoal do município e professores poderão dar-te, na maior parte das vezes, informações de grande utilidade.

Este inquérito, realiza-lo-às com a equipa ou sozinho, dentro de uma área previamente delimitada (circuito vermelho).

O objectivo de um inquérito é obter informação que possa ser analisada, extrair modelos de análise e tecer comparações. O censo é um exemplo de inquérito, no qual as mesmas questões são colocadas a uma população seleccionada (sendo esta um grupo ou categoria de indivíduos seleccionados). O censo visa abranger 100% da população, mas a maioria dos inquéritos têm objectivos menos ambiciosos.

Na maior parte dos casos, um inquérito propõe-se obter informação a partir de uma selecção representativa da população e, a partir da amostra, tirar conclusões consideradas representativas da população como um todo. Este método levanta, inevitavelmente, alguns problemas. Tem de haver muito cuidado de modo a assegurar que a amostra da população seja verdadeiramente representativa.

Num nível muito simples, quer dizer que, se a população total possuir 1000 homens e 50 mulheres, então há que seleccionar a mesma proporção de homens e mulheres. Este exemplo, porém, traduz uma simplificação grosseira da forma de obtenção de uma amostra representativa; se decidir realizar um inquérito, terá que tomar em consideração que as características da população total têm de ser representadas na sua amostra, de modo a permitir-lhe dizer com uma certa segurança que a sua amostra é razoavelmente representativa.

Nos inquéritos devem fazer-se as mesmas perguntas aos indivíduos e, tanto quanto possível, nas mesmas circunstâncias. A formulação das perguntas não é tão fácil como pode parecer, sendo também necessário conduzir cuidadosamente o inquérito por forma a garantir que todas as perguntas signifiquem o mesmo para todos os inquiridos. A informação pode ser recolhida em questionários preenchidos pelo inquirido (como no caso do censo) ou por meio de questionários, esquemas ou listas de verificação geridas pelo próprio entrevistador.

Qualquer que seja o método seleccionado para a recolha de informação, o objectivo é obter respostas de um grande número de indivíduos às mesmas perguntas, de modo que o investigador possa descrevê-las, compará-las e relacioná-las e demonstrar que certos grupos possuem determinadas características.

Os inquéritos podem fornecer respostas às perguntas «o quê, onde, quando e como?», mas não é tão fácil descobrir o «porquê?». As relações causais só muito raramente, se não mesmo nunca, podem ser demonstradas do método do inquérito. A ênfase principal consiste na descoberta de factos, e, se um inquérito for bem estruturado e conduzido, pode tornar-se uma forma relativamente acessível e rápida de obter informação.

BADEN-POWELL E HISTÓRIA DO ESCUTISMO




Baden-Powell e a História do Escutismo

Em 22 de Fevereiro de 1857, nascia em Londres Robert Stephenson Smith Baden-Powell, sexto filho de um professor em Oxford que faleceu quando Robert tinha apenas três anos, deixando sete filhos, dos quais o mais velho tinha treze anos.

Apesar das dificuldades pelas quais a família passou, era muito unida. De tal forma que, todos os anos, durante as férias do Verão, Robert ia acampar com os irmãos mais velhos. Era o seu amor pela aventura e pela Natureza a revelar-se tão cedo!

Aos dezanove anos, B-P (iniciais de Baden-Powell) acabou os estudos e foi para a Índia como militar.
As promoções de B-P eram tão regulares que ele se tornou famoso.
Em 1899, Baden-Powell tinha sido promovido a coronel e estava na África do Sul.

Aí, recebeu ordens de marchar para Mafeking. Durante 217 dias (a partir de 13 de Outubro de 1899) B-P defendeu Mafeking cercada por forças superiores do inimigo, até que tropas de socorro conseguiram finalmente chegar.
B-P, promovido agora ao posto de major-general, tornou-se um herói aos olhos de seus compatriotas.

Em 1901, regressou da África do Sul para a Inglaterra e descobriu que a sua popularidade dera relevo ao livro que escrevera para militares: Aids to Scouting (qualquer coisa como "Ajudas à Exploração Militar / aos Batedores / Sapadores").
O livro estava a ser usado nas escolas masculinas.

B-P viu no sucesso do seu livro um desafio. Ele podia ajudar a juventude.
Se um livro para adultos sobre as actividades dos batedores/exploradores podia exercer tal atracção sobre os rapazes, outro livro, escrito especialmente para eles poderia despertar muito maior interesse!

Pôs-se então a trabalhar, aproveitando e adaptando sua experiência na Índia e na África entre os zulus e outras tribos.

Lenta e cuidadosamente, B-P foi desenvolvendo a ideia do escutismo. Queria estar certo de que podia ser posta em prática. Por isso, no Verão de 1907 foi com um grupo de 20 rapazes para a ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, para realizar o primeiro acampamento escuteiro que o mundo presenciou.
Foi um êxito!

Nos primeiros meses de 1908, lançou em fascículos o seu manual de treino, o "Escotismo para Rapazes" sem sequer sonhar que este livro iria por em acção um movimento que afectaria a juventude do mundo inteiro.
Mal tinha começado a aparecer nas livrarias, logo surgiam patrulhas e "tropas" escuteiras não apenas na Inglaterra, mas em muitos outros países.

O movimento cresceu tanto que em 1910, B-P compreendeu que o Escutismo seria a obra da sua vida. Ele podia fazer mais pelo seu país a criar uma nova geração de bons cidadãos do que soldados. Pediu então demissão do exército e ingressou na sua "segunda vida", como costumava chamá-la, por meio do Escutismo.

Em 1912 fez uma viagem à volta do mundo para contactar os escuteiros de muitos outros países, para fazer do Escotismo uma fraternidade mundial.

A Primeira Guerra Mundial (1914-18) interrompeu este trabalho, mas em 1920, os escuteiros de todas as partes do mundo reuniram-se em Londres para a primeira concentração internacional de escuteiros: o Primeiro Jamboree Mundial.

No dia em que o Movimento Escotista completou os 21 anos contava com mais de 2 milhões de membros em praticamente todos os países do mundo.
Nesta ocasião, o rei Jorge V elevou B-P a lorde, sob o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell. Mas para todos os escuteiros ele continuou e continuará sempre a ser B-P, o Escoteiro-Chefe-Mundial.

Depois dos 80 anos, B-P regressou a África, ao Quénia, com a sua esposa, Lady Baden-Powell, uma entusiástica colaboradora e que era a Chefe-Mundial das "Girl Guides" (Guias), movimento também iniciado por Baden-Powell.

Foi lá que morreu, a 8 de Janeiro de 1941 quando faltava pouco mais de um mês para completar 84 anos de idade.

TECNICA DOM HIKE

Bivaque e Cozinha Selvagem



- Bivaque

A escolha do terreno é importante quando se vai acampar. Deve ser o mais duro possível, num plano elevado e ligeiramente inclinado, para que a água da chuva não fique estancada.

É preferível fugir das zonas com muita vegetação pois os ramos podem cair-lhe em cima se houver vendavais e de perto de rios ou lagos, pois se chover em abundância pode haver cheias. Antes de montar a tenda é conveniente limpar o terreno, pois uma pequena pedra ou galho pode rasgar o chão impermeável.

Especialmente em tempo frio é importante reforçar o isolamento do tapete do chão, espalhando pela terra uma camada espessa de folhas ou ervas secas; os fetos dão um resultado perfeito, assim como a urze ou ramas de pinheiro.

O vento também pode estragar a estrutura da tenda, por isso é conveniente protegê-la do impacto directo do vento, utilizando algum tipo de vegetação, muro de neve, pedras ou um pára-vento, inclusivamente podem usar-se reforços cruzados sobre o duplo tecto e por baixo dele. Se o vento incidir sobre um ângulo de 45º, reduz consideravelmente a sua força.

Se a tenda for montada nas horas de maior calor, não é aconselhável esticar demasiado as espias, pois a humidade nocturna produz uma força de tensão, que se for excessiva, corre-se o risco de esforçar demasiado as costuras, pano ou mesmo fazer com que as estacas se soltem. Certifiquemo-nos de que o tecido fica completamente esticado e que não há rugas. A resistência ao vento e a impermeabilidade dependem da correcta tensão do tecido.

As estacas da tenda devem geralmente ser colocadas num ângulo de 45º em relação ao solo. O comprimento das estacas depende de tipo de solo onde se vão cravar. Os solos de terra mole e com muita vegetação , requerem estacas compridas. Para solos de areia ou de nevadas, a colocação deve-se fazer de forma especial para que a superfície que as suporta, seja a maior possível.

Um bom método consiste em fazer uma cruz de madeira com 2 paus de 30 centímetros de comprimento cada; atam-se um ao outro e enterram-se num buraco de outros 30 centímetros de comprimento, excepto a parte superior da corda que deve ficar de fora para se poder atar aos elásticos da tenda. É claro que podemos sempre reforçar as espias ou a fixação com a ajuda de pedras, de um aterro de areia ou neve, atando as espias a árvores, arbustos, etc.

Outra solução para fixar melhor a tenda é pôr outra estaca em frente da que já está cravada, de forma a que a força fique repartida pelas duas, aumentando a estabilidade da tenda.

As espias devem manter-se sempre esticadas, independentemente das condições atmosféricas (vento, chuva) pois caso contrário a tenda começa a deformar-se.

Uma vez montada a tenda e sobretudo se o tempo se apresentar chuvoso, é conveniente fazer um rego a toda a volta da tenda para que a água vá escorrendo. A profundidade adequada para o rego deve ser de 10 centímetros para chuvas moderadas e de 20 centímetros para chuvas torrenciais. Fazê-lo sempre por baixo da beira do duplo tecto, por onde a água irá escorrer.

Os Sacos-Cama são quentes porque o seu acolchoado guarda o ar que é aquecido pelo próprio corpo, e conserva a temperatura graças ao efeito isolante do material. Para tirar o melhor partido de um saco-cama há que o desdobrar antes de nos deitarmos, para que ele ganhe a sua forma e se encha de ar, para depois ao entrarmos nele, o aquecermos e transmitir-lhe o calor do nosso corpo. Uma boa maneira de procedermos é metermo-nos lá dentro vestidos, despindo-nos uns momentos depois, quando o saco-cama já estiver quente; mas tirar a roupa para dormir não significa que a tiremos para fora do saco-cama, podemos conservá-la arrumada no fundo, onde a encontraremos quentinha na manhã do dia seguinte.

O vertiginoso aumento da utilização dos espaços verdes, mais ou menos isolados pelo homem, como alternativa ao desempenho de exercício físico, exploração ou simplesmente para descanso do stress citadino, obriga ao estabelecimento de uma série de normas de conduta pessoal a que devemos obedecer, para melhor conservarmos as suas características iniciais sem prejuízo da própria natureza.

É importante:

Obter a devida autorização de utilização;
Respeitar as normas locais;
Acampar em locais onde já se tenha acampado;
Utilizar caixotes do lixo;
Não alterar o estado do solo, água e vegetação;
Evitar cortar plantas, mover rochas, etc.;
Evitar acender fogo sem ter em conta as medidas de protecção adequadas;
Não acampar perto de ninhos;
Reduzir o emprego de sabões e detergentes;
E no fim:

Deixar o local melhor do que o encontraste;
Agradecer a autorização de utilização.
- Cozinha Selvagem

Damos o nome de cozinha selvagem à técnica que, sem utilizar os habituais utensílios de cozinha, tachos, panelas, fogões, etc, poder igualmente confeccionar deliciosas refeições. Vamos, agora, abordar uma das formas de cozinha selvagem que poderás utilizar nas tuas actividades.

Já os antigos pioneiros e exploradores usavam folhas e barro em vez de tachos e panelas para preparar toda a espécie de refeições: Poupavam na lavagem da loiça mas comiam muitos desperdícios, tais como terra e folhas queimadas.

Tudo isto é agora mais fácil com a folha de papel de alumínio. Vais aprender como fritar, cozer e até preparar uma porção de refeições com a folha de alumínio.

1. A Fogueira

Para cozinhares com a folha de alumínio deves ter uma fogueira onde existam muitas brasas e não exista chama. Mas, como as brasas tendem a esfriar, torna-se necessário, criar uma fogueira mista, em ferradura (ver imagem) onde, de um lado se acende o fogo (no círculo mais largo) e de outro se colocam as brasas (extremidade menor). Conforme se formam brasas no fogo que arde, vão-se puxando para a zona menor. Uma camada de 5 cm de brasas, de espessura, é o necessário para cozinhar. Convém que utilizes lenha grossa, cortada aos pedaços com cerca de 30 cm e, claro lenha apropriada para brasas duradouras, tal como o freixo, carvalho ou eucalipto. O pinheiro embora não dê umas brasas muito duradouras, é aquele que mais abunda no nosso país, e a sua utilização é aconselhável.

2. O Material

Podes adquirir a folha de papel de alumínio em qualquer supermercado. Deves escolher a folha reforçada pois a sua resistência é muito maior.

3. Fritar

A primeira necessidade é uma frigideira. Podes fazê-la facilmente utilizando a folha de alumínio e um ramo verde arqueado ou um velho cabide de metal. Pelo desenho junto verás como é fácil construir esta frigideira, muito útil para, por exemplo, estrelar ovos. Não te esqueças de colocar um pouco de gordura (margarina) na frigideira, antes dos alimentos a fritar.

4. Cozidos

Com a folha de alumínio podes cozinhar carne, fruta, legumes ou até mesmo um jantar completo. Com este método, podes facilmente inventar os teus próprios menus.

- Depuração de águas contaminadas

A água é vital para a sobrevivência. A água potável tem que se apresentar fresca, sem cores e sabores específicos, para além de limpa de impurezas. Vamos pois explicar a utilização de diversos métodos para a depuração da água que nos parecem ser os mais eficazes.

1. Filtração

Quanto mais pequenos forem os poros do material filtrante (pano, papel, calhaus, erva, areia, etc), mais eficaz se torna. Há um método que consiste em atar um pano ou uma manta de lã entre 4 paus e ao mesmo tempo coloca-se uma capa fina de areia no meio. Deve-se ter em conta que quanto mais espesso é o material filtrante, mais lento será o processo de filtração e portanto mais eficaz.

2. Alambique Solar

Consiste em escavar um buraco de 1 metro de diâmetro e 50 centímetros de profundidade. Coloca-se no fundo um recipiente e introduz-se um tubo de borracha que possibilite a comunicação de ar entre o recipiente e o exterior.

Depois cobre-se o buraco com um plástico. Para fixá-lo e evitar que saia a humidade, tapam-se as bordas com terra e pedras. A seguir coloca-se no centro do plástico uma pequena pedra que provoque uma forma cónica, de forma a que o vértice desse cone incida no interior do recipiente.

O calor do sol provocará a evaporação da humidade nocturna do terreno e condensa-se em forma de gotas sobre o plástico, que por sua vez escorrem para dentro do recipiente que se colocou no fundo do buraco.

Se no fundo do buraco se colocarem ervas e plantas, isso aumentará a quantidade de água, pois estas, são abundantes em humidade.

3. Ebulição

A água fervida durante 10 ou 15 minutos mata as bactérias resistentes ao calor. A água de cozer alimentos pode ser esterilizada desta forma. Contudo, a água fervida torna-se mais pesada e insípida, pois queima-se parte do oxigénio e de outros gases que contém.

Uma forma de os recuperar consiste em agitar a água com força com uma vara ou colher, mudar sucessivamente de recipiente ou passá-la através de uma capa de algodão hidrófilo. Uma pequena dose de bicarbonato ou ácido cítrico, contribuem para devolver o ácido carbónico que a água perdeu quando foi fervida.

4. Lixívia

São suficientes umas gotas por litro de água, mas não se deve usar a lixívia doméstica; deve ser própria para purificação de água.

5. Iodo

Deve-se filtrar previamente a água e depois verter tintura de iodo gota a gota, mexendo bem até que a água fique amarelada. Necessita-se de 30 minutos para que o iodo surta efeito.

6. Pastilhas Purificadoras

Normalmente compostas de 3 substâncias (iodo, permanganato de potássio e cloro), são próprias para combater as partículas orgânicas nocivas existentes na água. Cada pastilha serve para 1 litro de água.

TECNICA DO HIKE

Tempo de Marcha



Com o auxílio de um curvímetro, podes determinar o comprimento do percurso e calcular o tempo necessário. É preciso ter em conta os declives (descidas a subidas).



T = Tempos
D = Distância (em Km)
H = Diferença de altitude (em Hm)
I = Índice - para a marcha: 3 a 5
- em descida: 5 a 10
- para alpinismo: 1 a 3

Exemplo de subida:

D = 7 Km; H = 5 Hm



Exemplo de descida:

D = 7 Km; H = 5 Hm



O índice é em função da idade, da fadiga, do tempo e do hábito de subir e descer. A experiência ajuda-te a determiná-lo com mais precisão. Se o grupo marcha facilmente, o índice será sem dúvida mais baixo do que quando se encontram dificuldades.

Existe um outro método denominado "quilómetro esforço" que é mais eficaz em terreno pouco acidentado. Considera-se que para subir 150 m se faz o mesmo esforço que para fazer um quilómetro suplementar; para descer 200 m, também é o mesmo que um quilómetro suplementar.



T = tempos
D = distância (em km)
M = diferença de altitude a trepar (em m) dividido por 150
D'= diferença de altitude a descer (em m) dividido por 200
V = velocidade de marcha em terreno plano (em Km/h)

Não te esqueças de prever, no teu calculo, os tempos de paragem e de repouso.

As travessias de montanha exigem um conhecimento o mais exaustivo possível do terreno. O ritmo do andamento é vital para se conseguir um bom resultado; deve-se ter em conta que o consumo de energia está estreitamnte ligado ao esforço que se faz.

Nas subidas deve inclinar levemente o peito para a frente e manter os pés firmemente apoiados. Em encostas excessivamente pronunciadas, é conveniente subir em zig-zag para poupar energia.

Nas descidas a posição mais comum é pôr o corpo recto e ligeiramente inclinado para a frente. Ao mesmo tempo, os joelhos devem dobrar-se e os pés apoiados com firmeza no chão, com as pontas dos dedos viradas para baixo. Quando se caminha é conveniente deixar cair o peso do corpo sobre o pé que avança. Mas atenção, que pode acontecer que escorregue e seja difícil parar; neste caso, gire totalmente o corpo, ficando de frente para a vertente e trave com as pontas dos pés.

Quanto aos descansos e tratando-se de grandes caminhadas, é normal efectuar uma paragem de 10 minutos em cada 50 minutos de caminho. É igualmente recomendável fazê-lo antes ou após um troço mais difícil. Para evitar que os músculos das pernas enrijeçam e se produza um arrefecimento do corpo, é necessário que os descanços sejam breves; os grandes intervalos nas paragens, prejudicam o recomeço do andamento, pois os movimentos das pernas serão mais lentos.

Nas subidas muito pronunciadas recomendamos que se descanse 5 minutos em cada meia hora. O ritmo rápido e acompanhado de longas paragens provocam uma falsa sensação de repouso. Um ritmo uniforme e compassado, junto com pequenos descansos, produz menor quantidade de esforço, que se vai repercutir no andamento.

Para activar a circulação é aconselhável tirar a mochila e levantar as pernas para o alto, mas evitando esticar completamente o corpo, pois o suor das costas pode arrefecer o corpo, originando uma constipação ou uma gripe.

Se a mochila é muito pesada, deve evitar deixar-se cair no chão, pois pode dificultar o recomeço do andamento. Contudo, é aconselhável apoiar-se à mochila (sem desprender as correias) com a ajuda de um pau, uma árvore, muro ou outro objecto que lhe sirva de apoio.

TECNICA DO HIKE

Técnica de Marcha



Para a marcha, o ideal é ter boas botas de couro, bem à tua medida, com um ou dois pares de meias. Se tens botas novas deves usá-las alguns dias antes da marcha para amaciar o couro. Após o uso deves ter o cuidado de as secar metendo papel de jornal no interior, depois encera-as e enseba-as, tomando particular atenção à aplicação do sebo com uma cabeça do fósforo ou outro utensílio, em todas as costuras.

Excepto nas regiões pantanosas, regiões muito húmidas, ou quando de importantes quedas do neve, as botas são desaconselháveis. As sandálias arejam agradavelmente o pé, mas não são aconselháveis sobretudo em marchas longas com declives.

Calcula-se geralmente que se podem fazer cinco quilómetros, numa hora, com uma dose diária de 15 a 25 Km para os menores de 14 anos, e de 25 a 35 Km para os mais velhos, apesar dum treino sério e progressivo possa permitir fazer mais. Seria pena sacrificar a marcha - mesmo sendo um desporto como qualquer outro - a descoberta duma paisagem (cascatas. miradouros. lugares pitorescos, clareiras, regatos), a observação dos animais e da flora, o encontro com as pessoas.

Para andar bem, veste roupas que não sejam muito apertadas. Na maior parte do tempo, terás uma mochila. Vê se está bem arrumada no interior e bem ajustada às costas, tendo uma armadura conveniente.

Se as pernas se tornam pesadas, podes usar o saco e sentares-te no chão durante alguns minutos com as pernas pousadas e esticadas sobre o saco. Se tens calor, não te precipites sobre a primeira bebida fria que encontres. Bebe fresco mas aos poucos.

O HIKE é uma marcha de endurance; não se trata de sprintar sobretudo nos declives. Quanto mais regular for a marcha, mais quilómetros poderás fazer. Levanta os pés o menos possível e respira regularmente! Em vez de fazer grandes refeições, multiplica, as pequenas refeições.

Para empreender uma caminhada, o mais importante é determinar o tipo de terreno que se vai atravessar, a duração do percurso e a forma de o realizar (se é por etapas ou tudo de uma só vez).

Deve ter-se em conta a previsão metereológica, bem como a estação do ano, factores esses que vão determinar o tipo de roupa a utilizar.

O cansaço e o esgotamento da caminhada depende fundamentalmente do ritmo que se leve, devendo ser constante e ritmado. Para adoptar o ritmo mais adequado e determinar os quilómetros a percorrer, deve ter-se em consideração a experiência, a constituição física e a idade de todos os participantes.

O peso da mochila que se transporta deve ser o mais reduzido possível.

A utilização de um plano ou mapa da zona é aconselhável para localizar zonas de acampamento, fontes, caminhos, refúgios, etc.

As paragens não devem exceder os 5 a 10 minutos para que os músculos não arrefeçam e não fiquem rígidos; contudo devem efectuar-se a intervalos regulares; em descanços grandes, como por exemplo às horas de refeição (sobretudo em dias muito quentes) é aconselhável parar em lugares com sombra. Recomendamos vestir uma peça de roupa se estiver com frio, sendo conveniente não tirar a mochila, pois o suor nas costas vai arrefecer o corpo.

Evitar esforços desnecessários e actividades que o esgotem rapidamente (caminhar muito depressa, saltar arbustos, falar e cantar durante a viagem, etc).

O calçado não se deve desapertar nem mudar até que termine a caminhada.

Circular em fila e pelo lado esquerdo do caminho para ver melhor os carros que vêm de frente.

Comer muito, dificulta o recomeço da caminhada.

A utilização de uma vara é útil quando se cruzam rios, já que permite comprovar a estabilidade das pedras e em montanha, ajudando também a limpar o caminho que tenha muita vegetação.

A FLÔR DE LIS SEGUNGO O BOREAU MUNDIAL

O ESCUTISMO EM ANGOLA

Associação de Escuteiros de Angola

A Associação de Escuteiros de Angola (AEA) foi fundada em 1994 e é membro da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) desde 1999. Em 2004 os censos apontavam para a existência de 13 753 escuteiros filiados à associação espalhados por 54 agrupamentos, dividindo-se estes por seis regiões: Luanda, Benguela, Kwanza-Sul, Huíla, Cabinda e Namibe.

A história do escutismo em território angolano começa nos anos em que este era uma colónia portuguesa e funcionava paralelamente com o Corpo Nacional de Escutas. Quando Angola alcança a independência em 1975 e o país se torna marxista e o escutismo é banido pelo governo. Em 1991 recomeça oficialmente o movimento e em 1994 as duas associações existentes no país, a Associação de Escuteiros Católicos de Angola e a Associação Nacional de Escuteiros, juntam-se e formam a AEA.

ESCUTEIROS DE LUANDA MARCHAM CONTRA A VIOLÊNCIA

A Junta Regional dos Escuteiros de Luanda organizou neste Sábado uma marcha para protestar os actos de violência que acontecem na cidade capital.


Sob o lema " Com São Jorge Unidos contra violência" e para celebração de mais aniversário de São Jorge, o padroeiro dos escuteiros, centenas de caminheiros partiram da cidadela Desportiva, passando por algumas artérias da cidade até defronte ao Governo provincial.


No final da marcha


De acordo com o objectivo da marcha foi alcançado. A actividade semelhante a esta acontece a 25 de Janeiro do próximo ano, para saudar o dia da cidade de Luanda.


A actividade visou também saudar mais um aniversário de São Jorge, o padroeiro dos escuteiros que se assinalou nesta sexta-feira.

ESCUTEIROS DE LUANDA MARCHAM CONTRA A VIOLÊNCIA

A Junta Regional dos Escuteiros de Luanda organizou neste Sábado uma marcha para protestar os actos de violência que acontecem na cidade capital.


Sob o lema " Com São Jorge Unidos contra violência" e para celebração de mais aniversário de São Jorge, o padroeiro dos escuteiros, centenas de caminheiros partiram da cidadela Desportiva, passando por algumas artérias da cidade até defronte ao Governo provincial.


No final da marcha


De acordo com o objectivo da marcha foi alcançado. A actividade semelhante a esta acontece a 25 de Janeiro do próximo ano, para saudar o dia da cidade de Luanda.


A actividade visou também saudar mais um aniversário de São Jorge, o padroeiro dos escuteiros que se assinalou nesta sexta-feira.

CHEFE NACIONAL LANÇA OBRA ESCUTISTA


Rui Falcão (Chefe Nacional) apresenta "Escutismo - Um Método Educativo Não-Formal"

Luanda - O docente universitário angolano Rui Falcão Pinto de Andrade apresentou hoje, em Luanda, a obra "Escutismo- Um Método Educativo Não-Formal”, com a qual pretende contribuir para uma formação responsável da sociedade, em especial da juventude.


Com uma tiragem de dois mil exemplares, o livro editado pela Mayamba Editora, integra a colecção Cunhonga (pensar em cokwe) e é o resultado seu trabalho de investigação apresentado e defendido, em 1992.


Esse trabalho foi apresentado para a obtenção do grau de licenciatura em Psicologia, no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), da Universidade Agostinho Neto.


Ao intervir, num acto assistido por dezenas de convidados, entre estudantes, deputados e dirigentes de órgãos públicos, Rui Falcão disse ter tido como motivação para a realização deste estudo levar ao debate científico os benefícios para a formação dos cidadãos do escutismo.


Outra motivação por si apontada foi a promoção dos valores morais em declínio na sociedade angolana.


"Nós estamos numa sociedade onde os valores morais foram trucidados, onde os mais simples valores de convivência são deixados de lado todos os dias e onde manter os jovens motivados a ser bons cidadãos não é tarefa fácil", disse.


Considerou necessário que a comunidade passe a olhar para o escutismo como método não formal complementar ao sistema educativo e leve os seus princípios (respeito mútuo, auto-ajuda, dignidade, solidariedade, humildade, voluntariado entre outros) às escolas, com vista a criar uma sociedade melhor.


Por sua vez, o apresentador da obra, o reitor da Universidade Lusíada de Angola, Mário Pinto de Andrade, disse que o docente pretende levar o movimento às escolas e mostrar que o escutismo é um método complementar de formação, posto à disposição da sociedade, visando melhorar a qualidade dos cidadãos, respeitando sempre as diferentes fases do desenvolvimento psico-motor e social.


Considerou igualmente que a obra é uma importante contribuição para o esforço de resgate dos valores cívicos em curso no país.


O movimento escuteiro tem no mundo 128 milhões de escuteiros, formando pessoas dos seis aos 22 anos de idade. É a maior organização de jovens.


Rui Falcão é docente da Universidade Lusíada de Angola.


Licenciado em Psicologia do Ensino, foi desde 1991 (por quatro mandatos) o Chefe Nacional da Associação de Escuteiros de Angola, tendo suspendido em virtude de ter sido eleito membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA e deputado à Assembleia Nacional (mandato 2008-2012).