REGIÃO DE MALANJE

REGIÃO DE MALANJE
CENTENÁRIO DO ESCUTISMO

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TECNICA DOM HIKE

Bivaque e Cozinha Selvagem



- Bivaque

A escolha do terreno é importante quando se vai acampar. Deve ser o mais duro possível, num plano elevado e ligeiramente inclinado, para que a água da chuva não fique estancada.

É preferível fugir das zonas com muita vegetação pois os ramos podem cair-lhe em cima se houver vendavais e de perto de rios ou lagos, pois se chover em abundância pode haver cheias. Antes de montar a tenda é conveniente limpar o terreno, pois uma pequena pedra ou galho pode rasgar o chão impermeável.

Especialmente em tempo frio é importante reforçar o isolamento do tapete do chão, espalhando pela terra uma camada espessa de folhas ou ervas secas; os fetos dão um resultado perfeito, assim como a urze ou ramas de pinheiro.

O vento também pode estragar a estrutura da tenda, por isso é conveniente protegê-la do impacto directo do vento, utilizando algum tipo de vegetação, muro de neve, pedras ou um pára-vento, inclusivamente podem usar-se reforços cruzados sobre o duplo tecto e por baixo dele. Se o vento incidir sobre um ângulo de 45º, reduz consideravelmente a sua força.

Se a tenda for montada nas horas de maior calor, não é aconselhável esticar demasiado as espias, pois a humidade nocturna produz uma força de tensão, que se for excessiva, corre-se o risco de esforçar demasiado as costuras, pano ou mesmo fazer com que as estacas se soltem. Certifiquemo-nos de que o tecido fica completamente esticado e que não há rugas. A resistência ao vento e a impermeabilidade dependem da correcta tensão do tecido.

As estacas da tenda devem geralmente ser colocadas num ângulo de 45º em relação ao solo. O comprimento das estacas depende de tipo de solo onde se vão cravar. Os solos de terra mole e com muita vegetação , requerem estacas compridas. Para solos de areia ou de nevadas, a colocação deve-se fazer de forma especial para que a superfície que as suporta, seja a maior possível.

Um bom método consiste em fazer uma cruz de madeira com 2 paus de 30 centímetros de comprimento cada; atam-se um ao outro e enterram-se num buraco de outros 30 centímetros de comprimento, excepto a parte superior da corda que deve ficar de fora para se poder atar aos elásticos da tenda. É claro que podemos sempre reforçar as espias ou a fixação com a ajuda de pedras, de um aterro de areia ou neve, atando as espias a árvores, arbustos, etc.

Outra solução para fixar melhor a tenda é pôr outra estaca em frente da que já está cravada, de forma a que a força fique repartida pelas duas, aumentando a estabilidade da tenda.

As espias devem manter-se sempre esticadas, independentemente das condições atmosféricas (vento, chuva) pois caso contrário a tenda começa a deformar-se.

Uma vez montada a tenda e sobretudo se o tempo se apresentar chuvoso, é conveniente fazer um rego a toda a volta da tenda para que a água vá escorrendo. A profundidade adequada para o rego deve ser de 10 centímetros para chuvas moderadas e de 20 centímetros para chuvas torrenciais. Fazê-lo sempre por baixo da beira do duplo tecto, por onde a água irá escorrer.

Os Sacos-Cama são quentes porque o seu acolchoado guarda o ar que é aquecido pelo próprio corpo, e conserva a temperatura graças ao efeito isolante do material. Para tirar o melhor partido de um saco-cama há que o desdobrar antes de nos deitarmos, para que ele ganhe a sua forma e se encha de ar, para depois ao entrarmos nele, o aquecermos e transmitir-lhe o calor do nosso corpo. Uma boa maneira de procedermos é metermo-nos lá dentro vestidos, despindo-nos uns momentos depois, quando o saco-cama já estiver quente; mas tirar a roupa para dormir não significa que a tiremos para fora do saco-cama, podemos conservá-la arrumada no fundo, onde a encontraremos quentinha na manhã do dia seguinte.

O vertiginoso aumento da utilização dos espaços verdes, mais ou menos isolados pelo homem, como alternativa ao desempenho de exercício físico, exploração ou simplesmente para descanso do stress citadino, obriga ao estabelecimento de uma série de normas de conduta pessoal a que devemos obedecer, para melhor conservarmos as suas características iniciais sem prejuízo da própria natureza.

É importante:

Obter a devida autorização de utilização;
Respeitar as normas locais;
Acampar em locais onde já se tenha acampado;
Utilizar caixotes do lixo;
Não alterar o estado do solo, água e vegetação;
Evitar cortar plantas, mover rochas, etc.;
Evitar acender fogo sem ter em conta as medidas de protecção adequadas;
Não acampar perto de ninhos;
Reduzir o emprego de sabões e detergentes;
E no fim:

Deixar o local melhor do que o encontraste;
Agradecer a autorização de utilização.
- Cozinha Selvagem

Damos o nome de cozinha selvagem à técnica que, sem utilizar os habituais utensílios de cozinha, tachos, panelas, fogões, etc, poder igualmente confeccionar deliciosas refeições. Vamos, agora, abordar uma das formas de cozinha selvagem que poderás utilizar nas tuas actividades.

Já os antigos pioneiros e exploradores usavam folhas e barro em vez de tachos e panelas para preparar toda a espécie de refeições: Poupavam na lavagem da loiça mas comiam muitos desperdícios, tais como terra e folhas queimadas.

Tudo isto é agora mais fácil com a folha de papel de alumínio. Vais aprender como fritar, cozer e até preparar uma porção de refeições com a folha de alumínio.

1. A Fogueira

Para cozinhares com a folha de alumínio deves ter uma fogueira onde existam muitas brasas e não exista chama. Mas, como as brasas tendem a esfriar, torna-se necessário, criar uma fogueira mista, em ferradura (ver imagem) onde, de um lado se acende o fogo (no círculo mais largo) e de outro se colocam as brasas (extremidade menor). Conforme se formam brasas no fogo que arde, vão-se puxando para a zona menor. Uma camada de 5 cm de brasas, de espessura, é o necessário para cozinhar. Convém que utilizes lenha grossa, cortada aos pedaços com cerca de 30 cm e, claro lenha apropriada para brasas duradouras, tal como o freixo, carvalho ou eucalipto. O pinheiro embora não dê umas brasas muito duradouras, é aquele que mais abunda no nosso país, e a sua utilização é aconselhável.

2. O Material

Podes adquirir a folha de papel de alumínio em qualquer supermercado. Deves escolher a folha reforçada pois a sua resistência é muito maior.

3. Fritar

A primeira necessidade é uma frigideira. Podes fazê-la facilmente utilizando a folha de alumínio e um ramo verde arqueado ou um velho cabide de metal. Pelo desenho junto verás como é fácil construir esta frigideira, muito útil para, por exemplo, estrelar ovos. Não te esqueças de colocar um pouco de gordura (margarina) na frigideira, antes dos alimentos a fritar.

4. Cozidos

Com a folha de alumínio podes cozinhar carne, fruta, legumes ou até mesmo um jantar completo. Com este método, podes facilmente inventar os teus próprios menus.

- Depuração de águas contaminadas

A água é vital para a sobrevivência. A água potável tem que se apresentar fresca, sem cores e sabores específicos, para além de limpa de impurezas. Vamos pois explicar a utilização de diversos métodos para a depuração da água que nos parecem ser os mais eficazes.

1. Filtração

Quanto mais pequenos forem os poros do material filtrante (pano, papel, calhaus, erva, areia, etc), mais eficaz se torna. Há um método que consiste em atar um pano ou uma manta de lã entre 4 paus e ao mesmo tempo coloca-se uma capa fina de areia no meio. Deve-se ter em conta que quanto mais espesso é o material filtrante, mais lento será o processo de filtração e portanto mais eficaz.

2. Alambique Solar

Consiste em escavar um buraco de 1 metro de diâmetro e 50 centímetros de profundidade. Coloca-se no fundo um recipiente e introduz-se um tubo de borracha que possibilite a comunicação de ar entre o recipiente e o exterior.

Depois cobre-se o buraco com um plástico. Para fixá-lo e evitar que saia a humidade, tapam-se as bordas com terra e pedras. A seguir coloca-se no centro do plástico uma pequena pedra que provoque uma forma cónica, de forma a que o vértice desse cone incida no interior do recipiente.

O calor do sol provocará a evaporação da humidade nocturna do terreno e condensa-se em forma de gotas sobre o plástico, que por sua vez escorrem para dentro do recipiente que se colocou no fundo do buraco.

Se no fundo do buraco se colocarem ervas e plantas, isso aumentará a quantidade de água, pois estas, são abundantes em humidade.

3. Ebulição

A água fervida durante 10 ou 15 minutos mata as bactérias resistentes ao calor. A água de cozer alimentos pode ser esterilizada desta forma. Contudo, a água fervida torna-se mais pesada e insípida, pois queima-se parte do oxigénio e de outros gases que contém.

Uma forma de os recuperar consiste em agitar a água com força com uma vara ou colher, mudar sucessivamente de recipiente ou passá-la através de uma capa de algodão hidrófilo. Uma pequena dose de bicarbonato ou ácido cítrico, contribuem para devolver o ácido carbónico que a água perdeu quando foi fervida.

4. Lixívia

São suficientes umas gotas por litro de água, mas não se deve usar a lixívia doméstica; deve ser própria para purificação de água.

5. Iodo

Deve-se filtrar previamente a água e depois verter tintura de iodo gota a gota, mexendo bem até que a água fique amarelada. Necessita-se de 30 minutos para que o iodo surta efeito.

6. Pastilhas Purificadoras

Normalmente compostas de 3 substâncias (iodo, permanganato de potássio e cloro), são próprias para combater as partículas orgânicas nocivas existentes na água. Cada pastilha serve para 1 litro de água.

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